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Trabalho de História do Jornalismo sobre meios de Impressão modernos
Todos os dias, o mundo que vivemos passa por inúmeras mudanças. Tudo o que ontem foi considerado novo e encarado com grande surpresa, hoje é velho e ultrapassado, esperando ansiosamente por outro fluxo de evolução.
Essas mudanças sem dúvidas influenciam todo o nosso modo de viver, e em tempos de Era Digital, estamos mais atentos do que nunca as novidades. O mundo está mudando, e temos que sempre aprender a lidar com ele.
Os meios de comunicação por sua vez, são uma das coisas que tem maior necessidade de evoluir e se adequar a era onde o mundo virtual é o real. Desde sempre o homem teve a necessidade de se comunicar, e hoje mais do que nunca isso é vital.
Os meios de impressão são um bom exemplo disso. Em épocas anteriores (idade média), livros e outros foram escritos a mão, copiados, e demoravam décadas para ficarem prontos. Muitos concordam que a impressão foi um grande alívio!
A era digital não é mais coisa do futuro, cabe a todos saber pelo menos um pouco de tudo de ‘novo’ que não para de surgir e envelhecer.
A plotter é uma impressora que tem a capacidade de imprimir desenhos com grandes dimensões, como por exemplo plantas arquitetônicas, mapas cartográficos, grafismo e projectos de engenharia. Esta impressora tem a capacidade de imprimir imagens em grande formato com qualidade fotográfica, chegando a 2400 dpi de resolução. Essas impressoras podem usar diversos suportes como papel comum, fotográfico, Pelicula, Vegetal, auto-adesivos, lonas e tecidos especiais.
Foi no início da década de 90 que se começou a falar de impressão digital.
Mais exatamente em 1993, na feira internacional Ipex, na Inglaterra. Nessa oportunidade, apresentaram-se os primeiros sistemas digitais de impressão em policromia.
Na Drupa de 1995, na Alemanha, a impressão digital foi a grande estrela da maior mostra de equipamentos gráficos do planeta.
Na edição de 2000 da Drupa, quando a feira comemorou seus 50 anos, que a impressão digital mostrou que veio mesmo para ficar.
A digitalização do processo de pré-impressão criou a possibilidade única de produção dentro da rede, integrando todas as fases da cadeia gráfica.
A automação do fluxo de trabalho foi expandida, objetivando a inclusão dos sistemas de desenvolvimento digital, desde a fase da pré-impressão até a de acabamento.
Para implantar a tecnologia digital em uma empresa é preciso mais do que investimento em tecnologia. É imprescindível promover uma ruptura e criar novos conceitos de parceria, com fornecedores e clientes.
É inegável reconhecer que, mesmo nos dias atuais, há desconhecimento, desconfiança e medo em relação a Impressão Digital.
No futuro as gráficas receberão as informações brutas dos criadores de conteúdo. Não importando a mídia elas terão que atender e apresentar soluções de mercado a seus clientes. A dinâmica da demanda requer novos caminhos para alcançar a pessoa certa, no momento certo e no formato certo. A gráfica do futuro deverá facilitar essa dinâmica. Sensibilidade e sinergia são palavras obrigatórias no glossário da globalização digital.
Há quem veja na intuição e na gestão de talentos um ponto diferencial a ser considerado. A indústria gráfica evoluiu do conceito de “operação e supervisão de máquinas” para uma indústria de serviços, onde o marketing e a comunicação com o cliente são imprescindíveis. Mudança é sinônimo de sobrevivência e hoje uma obrigação do dia-a-dia de nossas empresas.
O destino da indústria gráfica está interligado ao destino dos fornecedores. Será pela internet que os fabricantes de equipamentos bem-sucedidos irão comercializar, treinar, distribuir, dar suporte, comunicar e negociar com clientes e fornecedores. Para as empresas na área de negócios de comunicação e seus clientes, há menos valor na comunicação de massa e mais na personalização.
No futuro, a impressão não será mais uma escolha do remetente, mas uma escolha do destinatário. As funções de pré-impressão, impressão e pós-impressão se tornarão cada vez mais automatizadas e executadas através de redes. Tradicionalmente, a indústria gráfica baseada no mercado de massa tem sido parte da categoria de “execução”, e seu sucesso, freqüentemente, é decorrente do volume.
Precisamos ser capazes de imaginar como o produto impresso poderá se tornar um produto com valor agregado. O volume global de impressos pode declinar, mas o valor de cada produto deverá aumentar. Algumas gráficas continuarão a ser organizações de larga escala extremamente eficientes.
Outras, todavia, precisarão criar uma solução vertical, incorporando o gerenciamento de dados, o design e o layout, a produção, tornando-se assim um negócio com valor agregado.O produto gráfico digital não é um concorrente do offset. A impressão digital complementa e amplia as possibilidades do processo offset. Saber usá-la é o desafio de amor e ódio que tomou conta da indústria gráfica.
Em produção gráfica, a impressão digital é um método de impressão no qual a imagem é gerada partir da entrada de dados digitais direto do computador para a impressora.
Geralmente com uma resolução de até 600 dpi, imprime gráficos e textos com nitidez, no entendo, com qualidade mais baixa e de alto custo. Alguns exemplos de impressoras digitais são as da série Docutech e Docuprint do Xerox e a Digimaster da Heidelberg.
Termo de origem grega formada por lithos (pedra) e graphein (escrever). O termo foi criado pelo professor Mitterer em 1805, em Munique.
Senefelder 1818 — Litografia de Lorenz Quaglio (1793-1869) |
Coube a Alois Senefelder o mérito de ter equacionado e sistematizado os princípios básicos da impressão a partir da pedra. Foi em 1796 em Munique, que Senefelder, autor de teatro de sucesso discutível, na procura de meios de impressão para seus textos e partituras, uma vez que não encontrava entusiasmo por parte dos editores, acabou por inventar um processo químico que permitia uma impressão económica e menos morosa que os procedimentos gráficos da época.
A invenção abriu novos caminhos para a produção artística como significa também um enorme passo na evolução da impressão de caráter comercial.
Esta técnica de impressão utiliza uma pedra calcária de grão muito fino e baseia-se na repulsão entre a água e as substâncias gordurosas.
Ao contrário das outras técnicas da gravura, a litografia é planográfica, ou seja, o desenho é feito através da gordura aplicada sobre a superfície da matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz, como na xilogravura e na gravura em metal.
Senefelder descreveu a sua descoberta no "Tratado da Litografia" escrito em 1818, e que, em resumo, consiste no seguinte processo:
A litografia foi usada extensivamente nos primórdios da imprensa moderna no século XIX para impressão de toda sorte de documentos, rótulos, cartazes, mapas, jornais, dentre outros, além de possibilitar uma nova técnica expressiva para os artistas.
Permite a impressão sobre plástico, madeira, tecido e papel. Este expediente artístico atingiu seu apogeu nas últimas décadas do século XIX. Diversos artistas franceses, como Jules Cheret, Toulouse-Lautrec, Bonnard, entre outros, promoveram uma renovação da litografia a cores, criando excelentes cartazes.
A litografia baseia-se na repulsa recíproca da gordura e da água. Sobre a superfície da pedra preparada desenha-se com instrumentos como tuche, lápis e crayons litográficos à base de gordura. Depois de feito o desenho, a pedra passa por um tratamento químico, recebendo acidulações com uma combinação de goma arábica com os ácidos nítrico, fosfórico e tânico, em proporções adequadas a cada tipo de desenho. Um desenho mais leve, por exemplo, deverá ser preservado e protegido com goma pura, passando-se a acidulação mais forte nas áreas mais escuras, ou seja, com maior teor de gordura. Este tratamento transforma imediatamente as propriedades da pedra. Quando se acidula a pedra litográfica, conserva-se as áreas sem desenho, eliminando nestas toda a gordura e preparando a pedra para que retenha mais água do que o faria normalmente. Prepara-se as áreas com imagem (desenhadas com gordura), para que estas repelam a água, mas aceitem a tinta gordurosa que será aplicad com o rolo de entintagem. Este fenómeno físico-químico chama-se adsorpção: a atracção que certas gorduras manifestam ante a pedra granitada. Através das acidulações, as áreas sem imagem são preenchidas pela goma que se mistura às moléculas da pedra, formando uma fina película que permanece nos poros da pedra. Deste modo formam-se dois tipos de superfície sobre a pedra: a imagem (o desenho feito pelo artista) e o branco (a não-imagem). Depois de realizadas as acidulações, a pedra estará preparada para imprimir e poderá produzir milhares de exemplares. A litografia é o único sistema de gravura que permite um desenho espontâneo, directo, da capacidade do artista. As possibilidades expressivas são infinitas: a utilização de lápis litográficos de diferentes teores de gordura e crayons litográficos aproximam-na do desenho; o tuche diluído em água ou solvente pincelado, respingado ou até mesmo esfregado na superfície da pedra poderá relacionar-se à aquarela e o gesto mais ou menos agressivo da pintura. A exploração de aguadas, as relações do positivo/negativo, os carimbos, o xerox, os raspados e as texturas são apenas alguns exemplos desta diversidade de procedimentos e técnicas.
Jules Chéret, Bal du Moulin Rouge, 1889. Litografia a cores, 124 x 88 cm |
A introdução da litografia em Portugal foi tardia, datando de 1823 o seu exercício e de 1824 o reconhecimento oficial da sua utilidade.
O artigo de Cândido José Xavier publicado nos Annaes das Sciencias, das Artes e das Lettras, de 1819 (vol.III) constitui a primeira notícia publicada em Portugal sobre a litografia.
Em 1822, Luís da Silva Mousinho de Albuquerque escreve na mesma revista sobre esta técnica gráfica — processo que havia estudado em Paris. Albuquerque enviou a Domingos Sequeira, em 1822, uma prensa e algumas pedras litográficas.
O pintor Domingos António de Sequeira foi o primeiro impressor litográfico português, estando algumas das suas obras à guarda do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
Em 1823, fugindo do provinciano meio cultural e artístico português, foi viver para Paris e aí aperfeiçoa a sua técnica de impressão litográfica.
Em 1824, João VI, por decreto de 11 de Setembro, criou em Lisboa a Officina Régia Lithographica.
Em 1836, a Officina Régia deixa de ser estabelecimento autónomo e passa a denominar-se Officina Nacional Lithografica, subordinada à Academia de Belas Artes de Lisboa.
Entretanto, outras oficinas de impressão litográfica vão sendo criadas — como a da Academia Real das Ciências e a Litografia Santos que, em 1829, estava instalada no Largo do Conde Barão, em Lisboa. Mais tarde aparece a Litografia de Manuel Luiz, na Rua Nova dos Mártires, n.º 12 a 14.
Logo após ter sido introduzida em alguns dos mais avançados países da Europa, a França, em 1814, onde obteve imediato desenvolvimento, na Espanha (1819) e em Portugal (1824), a litografia chegou ao Brasil com o trabalho pioneiro de Arnauld Julian Pallière.
Em 1819 os jornais do Rio de Janeiro publicavam anúncios alusivos ao processo e em 1825, o suíço Johann Jacob Steimann, era contratado pelo Imperador, que assim introduzia oficialmente a litografia no país.
Nas décadas seguintes era cada vez maior o número de oficinas litográficas instaladas no Rio de Janeiro. Esses estabelecimentos atendiam a toda espécie de encomendas, executando estampas artísticas, marcas comerciais, planos de arquitectura, mapas, facturas, etc.
Vendiam também os materiais necessários à litografia e alugavam as pedras litográficas aos artistas que trabalhavam em suas residências e ateliers. A formação de novos gravadores e litógrafos era feita nas próprias oficinas, embora constasse nos estatutos da Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro.
As inúmeras estampas soltas, vistas panorâmicas, retratos e cartazes realizados não se enquadravam na categoria "Arte", uma vez que sua criação e execução - geralmente sob encomenda - tinham fins exclusivamente comerciais.
Na década de 1870, surgiram as pitorescas revistas ilustradas, cujas edições eram ansiosamente aguardadas pela população. Desenhistas notáveis e quase 250 impressores levam a litografia a um pique extraordinário, fixando na pedra os flagrantes mais preciosos da vida brasileira.
Apesar desse entusiasmo, a Academia Imperial de Belas Artes, mantinha-se distante do ensino da Gravura, que continuava sendo feita nas oficinas gráficas. A litografia declinou nas primeiras décadas do séc. XX, apesar se ser realizada pela Imprensa Nacional e outros estabelecimentos públicos até aproximadamente os anos 40.
A partir da segunda metade do séc. XX há um interesse crescente dos artistas brasileiros pela litografia. Formam-se grupos pioneiros em todo o país. Prensas podiam ser encontradas em ferro-velhos, pedras litográficas revestindo paredes e pisos de jardins ou até em escadas residenciais.
Em 1969 a disciplina Litografia passa a integrar oficialmente a grade curricular do curso de Gravura na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Como orientador estava Ahmés de Paula Machado, um dos responsáveis pelo renascimento da litografia no Brasil, função que exerceu até 1984. A partir daí, assume o Atelier de Litografia, o pintor e gravador Kazuo Iha.
O ano de 1972 marca a criação, no Rio de Janeiro, do Instituto de Belas Artes atual Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Desde então a litografia, como linguagem artística, vem se expandindo por todo o Brasil, e temos como bons exemplos o Solar do Barão, em Curitiba, a Oficina Guaianases, entre outras.
Por Mayara Novaes